terça-feira, 28 de agosto de 2012

O que se toma ou o que se faz para deixar de amar alguém?
Toda a vida somo ensinados que somos metade de algo, que estamos incompletos, que haverá alguém que nos vai completar e preencher a nossa vida. Alguém para amar, alguém a quem amar, alguém que vai trazer um novo significado a nossa vida, que nos fará pertencer a algo maior, mais completo, alguém que estará la nos bom e no mal, porque o amor é a peça que falta, porque o amor trás um novo significado a vida uma nova luz, uma nova maneira de estar mais calma, mais prazeirosa.
E quando tudo isso falha?
E quando amamos quem não nos ama de volta?
E quando amamos quem pura e simplesmente não nos quer amar?
Que fazer com esse sentimento? Que fazer com as memorias dos tempo em que sim tudo fazia sentido, havia amor ,companheirismo, partilha?
Que fazer com a batalha quando quem uma vez lutou a nosso lado se vai embora?
Que fazer com o vazio da ausência, a solidão sem fim, a dor que não passa?
O que fazer quando sentimos que já não pertencemos a ninguém?
Como voltamos para trás, para ao tempo em que não havia amor, em que não sentíamos a solidão; em que éramos apenas um eu satisfeito e sem planos, sem dor, sem pertencer, sem sofrer, na felicidade da ignorância daquilo que não conhecemos?
Valerá a pena amar e entregar tudo o que somos, dar o melhor que temos, para perder, ficar só e sofrer?
Como acabamos sozinhos o caminho que começamos de mão dada e coração entrelaçado com outro?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

E é assim que me transforma em nada mais que uma concha vazia despojada de tudo, sem esperança, sem futuro, sem amor, deixada apenas com a solidão do vazio o eterno porque e o sentimento de impotencia que este causa.
E é assim, o fim de tudo o que sempre procurei, e é assim que fico oca vazia desprovida de qualquer esperança de um futuro que não seja uma infinita sequência de obrigações impostas pela natureza e pela sociedade, na verdade nada mais há aqui para mim se não uma longa espera pelo fim, perdida na imensidão vazia trazida pela solidão de que viu fugir o que mais desejou. Restam-me as duvidas, os porquês de quem n entende, resta-me as lembranças que por muito que tente reprimir vêem ao de cima tal como gotas de azeite na agua restam-me as lágrimas que caem sem mais nem porque.
Perdi o amor, os filhos, a minha família, o meu amigo, o meu companheiro, o meu amante, a minha felicidade e não sei o porquê.
Tenho pela frente um longo futuro a encarnar um personagem que nunca serei, porque sempre fui diferente e como gostava de não o ser, como gostava de puder seguir em frente como se nada fosse tal como ele fez, sacudir a penas erguer a cabeça e começar de novo, mas não o destino, Deus, ou os astros reservaram para mim o mais cruel dos castigos, amar de verdade, entregar-me completamente, dar tudo o que tenho a um homem apenas, jamais esta ferida vai sarar, jamais o meu coração vai amar que não outro, jamais desejarei que não outro, jamais o meu corpo será acariciado por outro. "És nova, há mais homens, tem a vida pela frente." Já fui nova, não tenho mais amor para dar, não poderei amar outro se no meu coração foi com ele, não posso amar se a minha alma não me pertence, não é possível amar mais do que amo, e qualquer coisa menos que isso não será justo, não será suficiente.
Como doí andar a deriva, não "ter" e não "pertencer" a alguém, que valor tem esta vida assim? só, vazia?
Como posso continuar sabendo que o que ficou para trás era o principal, quem me explica este plano do destino.
Porque estarei eu condenada a quase tocar na minha felicidade e nunca a conseguir alcançar? Porque não mereço ser feliz, ou serão todos os outros farsas também, haverá de facto felicidade? sim há já a vi de longe e por breve momentos já a tive mas disso resta apenas a dor e a saudade.
Estou cansada de ser quem não sou de aceitar humildemente sem entender. Quero gritar ser ouvida quero que sintam como me doí, que saibam que isto é mais profundo e real, quero que saibam que não são apenas capricho de alguém demasiado dramática, como há animais que são fieis a um só parceiro durante toda uma vida porquê é que a ideia de eu ser assim é tão despropositada? Eu procurei durante muitos anos aquilo que queria encontrei-o aos 30 não foi capricho, foi real, é amor, lamentavelmente perdi e parece-me que estatisticamente não me será possível encontra-lo outro diferente, emocionalmente só se ama assim uma vez na vida, mas a vida é cruel, a vida não me permite ser feliz. Quero tão pouco da vida, mas mesmo assim ela não me permite te-lo.
Nunca mais..................